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Por que algumas crianças andam na ponta dos pés?
Em muitas situações, a marcha em ponta surge sem uma causa específica (marcha idiopática). Em outras, pode estar ligada a fatores neuromusculares ou sensoriais. Por isso, o primeiro passo é sempre conversar com o especialista para avaliar histórico, exames e o grau de flexibilidade do tornozelo.
Pergunte ao profissional:
- É uma marcha idiopática ou há outra condição associada?
- O encurtamento do tendão de Aquiles é leve, moderado ou rígido?
- Já tentamos outras estratégias antes do gesso (ex.: fisioterapia, palmilhas, órteses)?
Como o gesso seriado pode ajudar
O gesso seriado alonga, aos poucos, a panturrilha e o tendão de Aquiles, incentivando a criança a apoiar melhor os calcanhares. Ele costuma ser considerado quando:
- A criança andou na ponta dos pés por vários meses, mesmo após orientações e exercícios.
- O ortopedista avalia que ainda existe mobilidade suficiente para corrigir a postura sem cirurgia.
- A família consegue participar das trocas semanais (ou quinzenais) e seguir os cuidados em casa.
O que esperar das trocas
- As primeiras trocas mostram ganhos sutis — cada sessão reposiciona o pé um pouco mais para cima.
- Caminhar com o gesso faz parte do processo: isso ajuda a reforçar o alongamento.
- Pequenos desconfortos são comuns no início. Dor forte ou alterações nos dedos pedem contato imediato com o profissional.
Use o guia do protocolo para entender a sequência das trocas e anotar dúvidas.
Depois do gesso
Com o alongamento conquistado, muitos profissionais recomendam órteses noturnas e fisioterapia para manter o resultado. É uma etapa importante para evitar que a marcha em ponta retorne rapidamente. Saiba mais em pós-tratamento.
Fontes para saber mais
- Davies K. et al. (2018) — acompanhamento de longo prazo após tratamentos conservadores.
- Thielemann F. et al. (2019) — análise de parâmetros de marcha após gessos seriados.
- Dr. Luiz de Angeli — explicação didática em português sobre o tratamento.