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Por que o método Ponseti é tão citado?
O método Ponseti — que inclui gessos seriados, uma pequena intervenção no tendão de Aquiles e uso de órteses — é adotado no mundo todo porque preserva a mobilidade do pé e, quando iniciado cedo, evita cirurgias maiores. O sucesso exige acompanhamento próximo de uma equipe treinada e participação ativa da família.
Pergunte nas consultas:
- Quantos gessos o médico estima para o nosso bebê?
- Como será a comunicação entre as trocas?
- Existe uma equipe de apoio (fisioterapeutas, enfermeiros) disponível para dúvidas?
Como costuma ser a linha do tempo
- Primeira avaliação – o ortopedista examina o bebê, explica o plano e mostra como o pé será corrigido aos poucos.
- Gessos seriados semanais – geralmente 5 a 7 trocas moldando o pé em sequência (cavo → aduto → varo → equino).
- Tenotomia do tendão de Aquiles – procedimento simples, feito na maioria dos casos, para permitir que o calcanhar desça.
- Gesso final – fica cerca de três semanas para cicatrização.
- Órtese de abdução – barra com sapatinhos utilizada por alguns anos (tempo maior no início, depois apenas para dormir).
Dicas para o dia a dia
- Leve itens que confortem o bebê na troca (mamadeira, chupeta ou brinquedo favorito).
- Prefira roupas com abertura frontal e perninhas mais largas.
- Observe os dedos: eles devem permanecer quentes e corados. Se ficarem arroxeados ou muito frios, avise o profissional.
E depois do gesso?
A órtese de abdução é essencial para manter o alinhamento. Ajustes periódicos e o uso conforme orientação reduzem o risco de recidiva. Caso note dificuldade para vestir a órtese, dor ou o pé voltando a virar para dentro, fale com a equipe rapidamente: às vezes, apenas pequenos ajustes são necessários.
Onde ler mais
- Guia do protocolo – entenda como funcionam as trocas semanais.
- Cuidados em casa – dicas para banho, sono e adaptação.
- Relato do Dr. Luiz de Angeli – visão de um especialista brasileiro sobre o método.