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Visão geral
Os estudos abaixo ajudam a entender por que o gesso seriado é uma opção considerada por muitos profissionais. Não é preciso ler todos os artigos para seguir com o tratamento, mas vale ter os links à mão caso queira se aprofundar ou levar às consultas.
1. Marcha idiopática na ponta dos pés
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Davies et al. (2018)
- Long-term gait outcomes following conservative management of idiopathic toe walking.
- População: 63 crianças, acompanhamento médio de 13 anos.
- Intervenção: gesso seriado + fisioterapia + órtese, quando necessário.
- Resultado: melhora sustentada da dorsiflexão e redução do hábito de marcha em ponta em 66% dos casos.
- Onde consultar: https://doi.org/10.1016/j.gaitpost.2018.02.014
- Como aplicar: combinar gesso seriado com treino funcional e monitorar adesão às órteses de manutenção.
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Thielemann et al. (2019)
- Serial ankle casts for idiopathic toe walking: effects on functional gait parameters.
- População: 10 crianças entre 5 e 12 anos.
- Intervenção: gesso seriado suropodálico com trocas semanais, seguido de órtese.
- Resultado: aumento significativo da dorsiflexão e melhoria nos parâmetros de marcha medidos em laboratório.
- Onde consultar: https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/html/10.1302/1863-2548.13.180183
- Como aplicar: reforce a importância de caminhar com o gesso e documente ganhos com vídeos para engajar a família.
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Engström et al. (2013)
- Botulinum Toxin A Does Not Improve the Results of Cast Treatment for Idiopathic Toe-Walking.
- População: 30 crianças, ensaio randomizado.
- Intervenção: gesso seriado ± toxina botulínica tipo A.
- Resultado: ausência de benefício adicional com toxina; gesso isolado manteve resultados superiores.
- Como aplicar: priorize gesso + fisioterapia antes de considerar toxina em casos idiopáticos.
2. Paralisia cerebral e condições neurológicas
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Sphera Fisioterapia (casuística clínica, 2025)
- Protocolos com trocas a cada 5–7 dias e associação com fisioterapia neurológica intensiva.
- Insight: combinação de gesso seriado e treino de marcha proporciona ganhos funcionais mesmo em quadros de espasticidade moderada.
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FisioSuit (relato clínico, 2025)
- Aplicação de gesso inguino-podálico para crianças com TEA e marcha na ponta dos pés.
- Insight: ajustar número de trocas conforme tolerância sensorial e reforçar integração sensorial durante o tratamento.
3. Pé torto congênito (Método Ponseti)
- Diretriz internacional do método Ponseti recomenda gessos seriados semanais, geralmente cinco a sete trocas, seguidos de tenotomia do tendão de Aquiles em 70–90% dos casos e uso de órtese de abdução por até 4 anos.
- Como aplicar: acompanhe com radiografias apenas se houver dúvidas na evolução clínica; educação parental é determinante para adesão à órtese pós-gesso.
Como usar este conteúdo
- Referencie o número do estudo em relatórios clínicos e apresentações a famílias.
- Atualize-se a cada seis meses: novos protocolos digitais e sensores de marcha estão em desenvolvimento.
- Contribua com evidências adicionais enviando artigos para
evidencias@gessoseriado.com.br. - Para conhecer protocolos nacionais, visite https://drluizdeangeli.com/marcha-na-ponta-dos-pes-como-e-o-tratamento-com-gessos-seriados/.
Importante: adapte protocolos à realidade local, levando em conta especialistas disponíveis, acesso a órteses e engajamento familiar.