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Comece pelo básico: rotina organizada
- Planeje as trocas: tenha o calendário das consultas à vista e combine quem acompanha cada ida à clínica.
- Separe um kit diário: sandália adaptada, meia fina extra, toalha pequena e número do profissional sempre por perto.
- Reserve tempo para observação: dois minutos de manhã e à noite bastam para checar dedos, cheiro e conforto geral.
Sugestão: anote tudo em um caderno ou aplicativo compartilhado com outros cuidadores. Isso evita dúvidas na hora de relatar sintomas.
Checklist rápido (manhã e noite)
- Observe dedos e pele exposta – cor rosada, temperatura morna e movimentos preservados indicam boa circulação.
- Avalie o cheiro – odor forte ou úmido merece contato com a equipe.
- Sinta a firmeza do gesso – não deve balançar nem machucar; qualquer folga pede avaliação.
- Convide a caminhar – alguns passos ajudam no alongamento e na adaptação sensorial.
Higiene sem segredo
- Prefira banhos de chuveiro com capa protetora ou banhos de gato. Se houver respingos, seque com toalha e ventilador em ar frio.
- Nunca use talco, cremes, lápis ou objetos para coçar dentro do gesso.
- Mantenha unhas curtas e limpas para evitar arranhões ao redor da borda.
Conforto durante o dia
- Vestuário: roupas largas, shorts com elástico e calçados com sola niveladora facilitam o vestir.
- Descanso: travesseiro firme ou rolos de espuma elevam o membro e aliviam pressão.
- Mobilidade: cadeiras com apoio estável evitam rotação do quadril; ofereça pausas frequentes em atividades longas.
Alívio para desconfortos comuns
- Coceira: bata levemente na parte externa do gesso ou use ar frio do secador.
- Peso do gesso: organize caminhar curtos em pisos regulares, com supervisão, para fortalecer a musculatura.
- Sono: alterne posições a cada noite e confira se travesseiros não pressionam o gesso.
Sinais de alerta — procure o profissional imediatamente
- Dor intensa, latejante ou que não melhora após repouso.
- Dedos arroxeados, muito pálidos ou frios ao toque.
- Formigamento persistente ou dificuldade para mover os dedos.
- Gesso rachado, saturado de umidade ou com odor muito forte.
- Febre associada a irritação ou secreção na pele.
Escola, terapias e rotina social
- Avise escola e cuidadores sobre a necessidade de intervalos para descanso e possíveis ajustes de acessibilidade.
- Combine transporte seguro (cadeirinha, elevador, escadas) antes do início do ciclo de gessos.
- Mantenha terapias liberadas — fortalecimento de tronco, membros superiores ou atividades sensoriais ajudam na adaptação.
Alimentação e energia
- Ofereça água com frequência para evitar constipação ou desconfortos gastrointestinais.
- Priorize refeições com cálcio, magnésio, proteínas e boas fontes de fibras.
- Observe o apetite: alterações podem sinalizar dor ou incômodo.
Comunicação com a equipe
- Registre fotos semanais da marcha e da borda do gesso para comparar evolução.
- Leve à consulta uma lista de perguntas (tempo de marcha, exercícios recomendados, próximos passos).
- Revise as orientações de pós-tratamento antes da última troca para planejar órteses e acompanhamento.
Manter a rotina combinada entre todos os cuidadores reduz ansiedade e garante resposta rápida a qualquer sinal diferente. Compartilhe este guia com familiares, professores e terapeutas envolvidos no processo.