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Antes do primeiro gesso
Na consulta inicial, o profissional avalia a mobilidade do tornozelo, o histórico do paciente e decide se o gesso seriado é a melhor estratégia naquele momento. Normalmente, nenhuma investigação complexa é necessária além do exame físico, mas fotos ou vídeos ajudam a acompanhar a evolução.
Pergunte na consulta:
- Quantas sessões de gesso são previstas e com qual frequência?
- O gesso será sintético ou tradicional? Existe diferença de peso ou custo?
- Há recomendações especiais para o banho, para dormir ou para frequentar a escola?
Materiais e preparo
- O gesso sintético (fibra de vidro) é leve e tolera respingos, mas cada equipe usa o material com que tem mais experiência.
- Almofadas, meias macias e sandálias adaptadas ajudam na fase de adaptação.
- Combine como será feita a retirada: geralmente com serra oscilante ou tesoura apropriada.
Como acontecem as trocas
Em muitas clínicas, os gessos são trocados semanalmente. A cada visita, o profissional reposiciona o pé um pouco mais para cima (dorsiflexão) e verifica se a pele está saudável. Crianças com espasticidade ou sensibilidade aumentada podem fazer trocas um pouco mais espaçadas.
Durante essa fase:
- Caminhe com as sandálias adaptadas sempre que possível — isso contribui com o alongamento.
- Incentive movimentos das articulações que não estão engessadas (joelho e quadril).
- Observe o gesso diariamente: se estiver rachado, molhado, com cheiro forte ou causar dor intensa, avise o profissional.
Quando o gesso chega ao fim
Após alcançar a dorsiflexão desejada, o gesso é retirado e o especialista define os próximos passos, que podem incluir órtese noturna, fisioterapia, exercícios de alongamento e orientações para a escola. Registrar fotos e anotações ajuda a acompanhar o progresso.
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Referências
- Davies K. et al. Long-term gait outcomes following conservative management of idiopathic toe walking. Gait & Posture, 2018.
- Thielemann F. et al. Serial ankle casts for patients with idiopathic toe walking. J Child Orthop, 2019.
- Engström P. et al. Botulinum Toxin A Does Not Improve the Results of Cast Treatment for Idiopathic Toe-Walking. JBJS, 2013.